Boas histórias para crianças não são escritas à toa. Elas são repletas de simbologia, valores sociais ou humanos e de estruturas que fazem parte do nosso inconsciente.
A bibliotecária Mauricéia contou a história dos três porquinhos, para que as professoras refletissem com os alunos que cada porquinho tem uma personalidade. Como diz Cintia Auilo -Os dois primeiros têm perfis semelhantes. Eles representam a preguiça e apontam as conseqüências de levarmos a vida dessa maneira – ficaram sem abrigo, proteção e foram engolidos pelo lobo. O terceiro porquinho era o mais dedicado e construiu a sua forte casa em alicerces de tijolos. Ele foi o único que trabalhou mais e que permaneceu com a sua casa. O lobo representa as ameaças da vida e a casa representa a nossa estrutura interna – como lidamos com o mundo, com os perigos, com a destruição das nossas estruturas internas – de forma preguiçosa e leviana. Aquele que se dedicou mais tempo em construir, em ter uma vida mais estruturada, que não se apressou para ir brincar, como os outro dois porquinhos, não sofreu conseqüências dos assopros do lobo, além de tê-lo dominado de maneira inteligente e bem humorada. É assim que o terceiro porquinho se relaciona com a vida. Ele sabe se defender e acolher os outros. O lobo também representa as tendências e os valores sociais. Dependendo do perfil do “porquinho” os ventos se encarregam de levar seus sonhos e verdades.Assim na escola quem se dedica mais, faz as tarefas de casa terá um desempenho maior.